O Tugaleaks já tinha denunciado o despedimento de trabalhadores incómodos desta empresa, mas surgem agora novas denúncias sobre “escravatura moderna” de trabalhadores.

Várias denúncias de “escravidão moderna” chegaram ao Tugaleaks sobre esta empresa.

 

Ilegalidades na Staples: horários forçados, horas não pagas e muito mais

 

O “responsável de loja”

Trabalhar 12 horas por dia e ter um responsável de loja como “colega”, tanto a nível de experiência como salarial, são coisas de rotina na Staples.
Estamos a falar de uma categoria que, segundo informações enviadas ao Tugaleaks, se chama “chave de loja”. São colegas, literalmente, que ficam responsáveis pela loja para cortar em pessoal. Acontece que estes “chaves de loja” fazem muito mais do que a chefia. São os únicos a poder fazer notas de crédito ou devoluções e muitas das vezes sacrificam a sua hora de almoço porque se alguém quiser uma devolução apenas essa pessoa o pode fazer.
Mais grave é no período nocturno, em que essa pessoa tem também que se deslocar à loja caso exista algum problema ou o alarme toque, pois é indicado o número do “chave de loja” à central de segurança. O tempo em que se desloca à loja e o tempo em que lá permanece nunca é pago.

Ainda sobre pagamentos, nos dias em que existem trocas de preços devido à alteração ou a novos folhetos, os trabalhadores são “convidados” a entrar mais cedo e muitas das vezes a saírem mais tarde.

 

A contratação

Para se entrar na Staples é preciso ter “sorte” e más famílias. A primeira entrevista para a empresa é feita por um funcionário dos recursos humanos. A seguinte é normalmente feita apelo District Manager.
Os DM’s são três: Maria Manuel, Nuno Rocha e Conceição Sá que são responsáveis por Sul, Centro e Norte, respectivamente. Uma das perguntas que fazem é onde trabalham os pais e irmãos do entrevistado. Desta forma conseguem eliminar de imediato quem tiver na família advogados, juízes, funcionários judiciais, etc.

 

A efectividade

Quando um funcionário, que interessa à empresa, se encontra no último contrato devendo por isso passar a efectivo, é-lhe proposto que se demita (perdendo direito a indemnização e subsidio de desemprego), com a promessa de o contratar 3 meses depois.
Na Staples estão a “cortar” com os efectivos.

 

Ilegalidades na Staples: horários forçados, horas não pagas e muito mais

 

Cross-selling ou “packs escondidos”

Por vezes existem “packs” de artigos vendidos nas lojas, conforme imagem acima. Estes packs embora sejam anunciados como “packs” são na verdade vendidos separadamente. Se o cliente notar que vêm discriminado na fatura é regra geral explicar, de forma falsa, que o computador vem com o “desconto” mas só se comprado com os packs adicionais (que podem ser DVDs ou outro tipo de material do género).

 

A marca com mau nome na Internet

Um pouco por toda a Internet existem informações da Staples que podem ser comprovadas. Quando o Diretor Geral da Staples disse que a Staples não iria sair de Portugal, imediatamente a seguir surgiram-se comentários neste link e noutros espalhados pela web que comprovam muito do que é indicado neste nosso artigo.

 

O Tugaleaks contactou a Staples por e-mail e deu-lhes cerca de uma semana para refutar estas acusações antes de publicarmos a informação. Recebemos silêncio da parte da empresa.

Quem se nega a praticar qualquer uma destas “normas”, é convidado a sair ou posto de parte e colocado como “alvo a abater”.