A agente que enviou um FAX xenófobo para uma escola está é algo de um processo disciplinar. O Comandante que assina não tem qualquer processo.

Segundo tinha sido noticiado pelo Jornal O Crime e republicado pelo Tugaleaks no passado dia 15 de Dezembro, a PSP teria enviado um FAX, de cariz xenófobo, para solicitar a “identificação de alunos de etnia cigana” e e “se algum destes alunos está referenciado pela prática de ilícitos”

 

Agente da PSP que enviou FAX xenófobo para uma escola alvo de processo disciplinar

 

Nesse FAX é visível a assinatura do Subintendente Francisco José Pereira Fernandes e no final da folha a informação “Investigadora Paula”.

O Jornal O Crime, na sua edição de 17 de Janeiro, voltou a falar do caso. Desta vez para explicar alguns contornos do processo. Trata-se de um processo onde alegadamente um indivíduo de etnia cigana terá feito um assalto às “instalações de uma colectividade desportiva”.

 

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PSP mente à comunicação social

Segundo relato ao qual o Tugaleaks teve acesso na altura, a própria PSP desmentiu o caso em comunicado:

A PSP agradece o contacto, e sobre o assunto em apreço informa-o que a PSP não divulgou qualquer pedido com os conteúdos em apreço, nem nunca o faria citando raças, etnias, nacionalidades, etc, como aliás é regra da Instituição em qualquer comunicação interna ou externa. É tudo quanto nos cumpre levar ao conhecimento de V. Exa., para os devidos efeitos.
Com os melhores cumprimentos,
Marília P. Santos – chefe do Departamento dos Sistemas e Informações e Comunicações da Direcção Nacional da PSP.

 

Comandante não tem qualquer processo

O Jornal cita ainda que a agente está com problemas psicológicos além do processo que lhe foi instaurado.
Embora a carta tenha sido assinada pelo Comandante, foi a agenda que, ao se limitar “a cumprir ordens”, levou o processo. O Comandante não tem qualquer processo. Contactada a esquadra pelo Tugaleaks, recusaram-se a prestar declarações.

Onde está o processo para o comandante?