A menina tinha na altura 11 anos. O pai entrou no quarto e quando a começou a acariciar, a menina gritou e pediu ajuda à mãe. Esta, ainda veio ajudar à consumada violação.

Acontece na aldeia da Mata, no conselho do Crato. A aldeia presenciou
A violação deu-se num Café, pertencente à família.
Desde Março de 2002 que o casal se tinha juntado. Mas naquele Verão, a mãe pediu à filha para “dormir com ela no quarto existente no andar superior” do Café que a mãe explorava na aldeia, e dizendo que não se encontrava lá mais ninguém.
Quando a menina, de 11 anos, já estava deitada, o padrasto, que mantinha um relacionamento com a arguida e mãe da criança.

 

A mãe agarrou-a enquanto o padrasto a violava

Começou a acariciar-lhe e disse-lhe que ia “brincar” com ela, adiantando também que “se tu deixares acontecer, dou-te o que quiseres e podes ir para onde quiseres”.

Enquanto o padrasto consumava o acto, a mãe dizia á filha que “deixa fazer, é a primeira vez e é melhor ser com ele porque é uma pessoa de confiança” e “não sei porque é que não deixas, assim não vês como é bom ter sexo”, “és tão complicadinha porquê?”. Segundo o acórdão do Tribunal, a mãe terá mesmo segurado no braço da filha para que o padrasto tivesse sucesso na prática do crime.

A menina, agora com mais de 20 anos, ainda hoje sente vergonha. Na altura perdeu confiança em si própria e sentiu-se envergonhada e constrangida.

 

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Uma década para se fazer justiça

O caso foi denunciado em tempo útil ao tribunal, mas segundo o Correio da Manhã foram sempre apresentados recursos. Foi apenas em Novembro do ano passado que o Tribunal da Relação de Évora proferiu, em acórdão, que decidiu “Julgar totalmente improcedentes os recursos interpostos pelo Ministério Público e pelos arguidos A e B, confirmando-se na íntegra o acórdão recorrido”.
No culminar dos recursos passados 11 anos, o Tribunal confirmou que o ele devia cumprir 6 anos de prisão e ela 5 anos e meio.

 

No estrangeiro não é assim

Um pai que violou por duas vezes a sua filha de 20 anos, mesmo depois de ela ter recebido, como é normal, propostas de casamento, levou uma sentença perpétua. O crime demorou menos de um ano a ser resolvido.