Um militar da GNR, a prestar serviço no Destacamento de Trânsito de Carcavelos, tentou-se suicidar cinco vezes nos últimos tempos.

Este militar já tinha sido referenciado num artigo em 2014. Na altura, terá ficado barricado na sua própria casa, com a arma de serviço, ameaçando por termo à sua vida.
Foi a preciosa ajuda dos colegas de serviço e de psicólogos da GNR que terão evitado o pior.

Mas, dois anos mais tarde, a situação continua igual. Segundo fontes confirmaram ao Tugaleaks, o militar terá tentado o suicídio pelo menos cinco vezes nos últimos anos.

As fontes contactadas pelo Tugaleaks informaram que, problemas amorosos e rejeições estarão na origem do seu comportamento, que já o levou ao internamento em instalações da GNR para apoio psicológico, uma vez que este não lida bem com a rejeição.

A antiga namorada do militar, que namora neste momento com um agente da PSP, esteve mesmo para apresentar uma queixa contra o militar da GNR porque a estaria sempre a incomodar, com atitudes obsessivas.

 

Vai para a patrulha sem arma de serviço

Por norma e também para sua segurança, os militares são obrigados a ir para uma patrulha de trânsito com a arma de serviço.
No entanto, o Tugaleaks teve conhecimento que existiram ocasiões em que o referido militar, C. F., efectuou patrulhamento sem a arma de serviço, colocando em causa a segurança de todos os envolvidos e logicamente não cumprindo com as normas internas que regem o serviço da Guarda.

O Tugaleaks terá sido informado que o Comandante, o mesmo que tinha acusado todos os militares de um destacamento de roubar, e impedindo-os de fazer trocas até que a situação estivesse resolvida, sabia da situação e não a resolveu, colocando o militar noutro serviço.

No seio do destacamento existem críticas ao Gabinete de Psicologia da GNR que, tendo tido o militar internado várias vezes, permitiu que este voltasse a ter uma recaída sem o devido acompanhamento.  O internamento acaba sendo que o militar volta para as suas funções para algum tempo mais tarde voltar a tentar o suicídio, tornando esta roda viciante bastante perigosa, tanto para o militar como para as funções que desempenha e a credibilidade que dá à GNR.

GNR não comenta

A GNR com um e-mail com o título “MUITO URGENTE” foi questionada, para se pronunciar sobre todos estes factos, há dez dias. Ainda não foi recebida qualquer resposta.

Esta é uma situação recorrente e habitual na GNR, que inclusivamente perdeu um processo em Tribunal Administrativo intentado pelo Tugaleaks na semana passada por recusar dar acesso a documentos ao nosso órgão de comunicação social, além de outras violações do Código do Procedimento Administrativo que existem com regularidade.