As duas activistas do grupo punk rock feminista Pussy Riots saíram da prisão e deram várias entrevistas, dizendo que a amnistia que lhes foi dada foi mera conveniência política.

Em 2012 as activistas fizeram um concerto improvisado e não autorizado numa Catedral Russa.
A 2 de Março do mesmo ano, Maria Alyokhina e Nadezhda Tolokonnikova foram detidas pelas autoridades russas sob a acusação de vandalismo que se confirmou em Agosto desse mesmo ano. Saíram em liberdade esta semana.

 

Pussy Riot saem da prisão e continuam a afirmar que querem expulsar Putim da Rússia

 

Em entrevista ao site Rolling Stone, Maria Alyokhina disse que na prisão “sempre estive livre, porque eu sou livre”.
Em relação ao facto de ter saído da prisão com uma amnistia mais cedo do que o previsto, Alyokhina disse tratar-se apenas de uma manobra por causa dos Jogos Olímpicos, porque “a amnistia não é geral, é uma mentira. Eu fui a única a sair e esse é o problema. Eles não deixam mais ninguém sair. Formalmente é uma boa medida, mas é uma mentira”.

Na mesma entrevista disse ainda ter recusado a amnistia porque “eu não preciso de amnistia. Eu não sou culpada. Eu não sou uma criminosa”.

 

Sistema prisional na Rússia dá nova “energia”

A forma como foram tratadas na prisão deu às activistas uma nova forma para ver uma nova liderança na Rússia bem como a mudança do sistema prisional daquele país.
Em entrevista ao Telegraph, Maria Alyokhina disse que “se queremos que o nosso país seja mais seguro, para que exista menos crime, temos que mudar as pessoas, e não as tratar como um pedaço de carne”.
Por vezes, quando se queixava de algo em nome das restantes prisioneiras diziam-lhe que se continuasse a queixar-se que “algo de mal” lhe iria acontecer.

Quanto a Putin, afirmou que “a nossa atitude não mudou e ainda queremos fazer o que dissemos na nossa última acção, queremos correr com ele”.