Basta. Chegámos a um ponto onde qualquer cidadão que se sinta Português, não pode compactuar com tamanha afronta ao seu direito a uma correta informação. O Tugaleaks vê apenas “um só caminho”…

 

Tugaleaks apresenta queixa contra a TVI na Entidade Reguladora para a Comunicação Social

 

O fundador do  Tugaleaks (porque não é possível a movimentos cívicos apresentarem queixas)  apresentou às primeiras horas do dia de hoje, uma queixa contra a TVI por falta de rigor informativo, na sequência da reportagem de Passos Coelho na Feira do Livro.

A queixa foi entregue na ERC – Entidade Reguladora para a Comunicação Social via o formulário online disponível no sitio de internet.

O Tugaleaks opõe-se à falta de informação desta estação de televisão, nas seguintes medidas (por favor consultar o vídeo da reportagem que está disponível online para melhor entender a queixa apresentada):

– Ao minuto 00:38 uma cidadã pergunta se o Primeiro Ministro pretende ir fazer um debate à “ocupação” do Parque que lá esteva há mais de 24 horas. A peça apenas mostra a resposta do Primeiro Ministro com o ênfase no “insulto” que os manifestantes estão a fazer. “Insulto” esse consagrado na lei, que permite a qualquer cidadão uma livre reunião para uma manifestação pacífica.

O Tugaleaks considera que “ladrão” não é um insulto. Nem “piegas”. São apenas palavras, um pouco fortes, e foram ditas dos dois lados (manifestantes e Passos Coelho) em tempos diferentes. A TVI resolveu mostrar apenas uma das partes da história e ignorar o pedido que os manifestantes fizeram a Passos Coelho, pedido esse que foi recusado pelo próprio.

– Durante a reportagem ouve-se como fundo “Passos, ladrão, o teu lugar è na prisão” e apenas durante cerca de 10 a 15 segundos se ouve “FMI fora daqui”. A jornalista ao minuto 2:05 anuncia que “os indignados a gritar FMI fora daqui” na mesma altura em que por baixo da voz da jornalista se ouvia outra coisa diferente, ou seja, “Passos, ladrão, o teu lugar é na prisão”.
A própria peça para quem a for ver com olhares atentos, está minada de informação parcial e totalmente favorável a um lado.

Existem ainda outras pequenas falhas, no entanto estas são as fundamentais.

 

O Tugaleaks remete os seus leitores para o Código Deontológico do Jornalista. Aprovado em 4 de Maio de 1993, este fornece linhas gerais sobre a actuação de um jornalista.
Devemos fazer uma leitura sobre os seguintes pontos:
1. O jornalista deve relatar os factos com rigor e exactidão e interpretá-los com honestidade. Os factos devem ser comprovados, ouvindo as partes com interesses atendíveis no caso. (…)
(…)
3. O jornalista deve lutar contra as restrições no acesso às fontes de informação e as tentativas de limitar a liberdade de expressão e o direito de informar.
(…)

Nada disto foi feito. Nada disto foi dito. A jornalista não falou com os manifestantes.

 

Não é a primeira vez que violações deste tipo acontecem na TVI

No nosso entender, não é a primeira e infelizmente não será a última vez que tal acontece. Neste vídeo no minuto 0:18 usaram imagens do Tugaleaks e não citaram a fonte. O Tugaleaks é gerido por uma licença que a TVI desrespeitou. Nesta situação o Tugaleaks já não pode apresentar queixa, uma vez que o prazo legal para o fazer já passou.

 

Fica a promesa de que o Tugaleaks vai lutar contra a desinformação e que este poderá ser uma das muitas queixas a apresentar. Reconhecemos que apresentar uma queixa onde o estado é favorecido a um organismo do estado contém pouco ou nenhum sucesso, mas o primeiro passo para a mudança é tentar mudar!

Estamos juntos, por um país mais justo!